Missa de Bernstein

Helena Lopes, nº151172

Boa noite,

Nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2019, tive o prazer de fazer parte da produção da Missa de Bernstein, na Fundação Calouste Gulbenkian, no coro Participativo.
Além da Orquestra e alguns indivíduos do Coro Gulbenkian, o concerto também teve a participação da Orquestra Geração e do Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa.




Além de ter sido uma experiência excelente, também acabei por me apaixonar pela peça em si e pelo que defendia.

Composta por Leonard Bernstein em 1971, foi uma encomenda de Jacqueline Kennedy Onassis para a inauguração do Kennedy Center for the Performing Arts, em Washington D.C, estreando a 7 de Setembro de 1971.

É uma obra que reúne música e teatro, retratando a quebra de fé de um religioso (Jubilant) que conduz a peça. Mesmo tendo diversas passagens cantadas em latim, maioritariamente pelo Coro, que actua como um membro extensivo do Jubilant, o Street Choir apresenta acusações e falhas na Igreja e na fé em Deus. Como for exemplo, onde está Deus num mundo cheio de dor, luxúria, ou consumismo.





Ao contrário do Street Choir, as Crianças actuam como a inocência transcrita para palco, auxiliando o Jubilant em piores momentos da sua crise, iluminando o palco.

No entanto, há uma fase em que já nem o Coro ouve as tentativas do Jubilant, sempre a puxar pelo caminho da fé, e junta-se ao Street Choir, numa música desordenada e em completo frenesim, causando o Jubilant perder completamente o seu caminho, simbolizado pelo partir de um cálice.





O Jubilant segue com um monólogo acerca do quão fácil é quebrar algo, seja material ou imaterial, tendo uma morte espiritual no fim do mesmo.





Quando no espetáculo na Fundação Gulbenkian, para o final da peça, o Coro desce pelas escadas da plateia, perto dos espectadores, e em conjunto com o Street Choir, cantam o que simboliza o renascer da fé. 





A fé de que falo na verdade, acaba por não ser em Deus, mas algo maior que reúne todos os que estão presentes na sala. A fé na Música, algo que nos liga a todos. Sendo que todas as vozes no final se juntam para cantar, englobando todo o espaço, em ligação também com os espectadores.

Em baixo das fotos coloquei alguns momentos musicais que mais gosto, respectivamente a cada foto.

Irei colocar aqui uma das minhas produções preferidas da Missa de Bernstein caso queiram ver:
https://www.youtube.com/watch?v=9tjsKzhpSwE&t=3529s

Todas as fotos foram retiradas de :https://www.facebook.com/pg/gulbenkianmusica/photos/?ref=page_internal

Espero que gostem!

Comentários

  1. Não percebo porque é que estou a ficar com o texto tapado, por essa razão vou pôr aqui nos comentários:
    Helena Lopes, nº151172

    Boa noite,

    Nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2019, tive o prazer de fazer parte da produção da Missa de Bernstein, na Fundação Calouste Gulbenkian, no coro Participativo.

    Além da Orquestra e alguns indivíduos do Coro Gulbenkian, o concerto também teve a participação da Orquestra Geração e do Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa.

    Além de ter sido uma experiência excelente, também acabei por me apaixonar pela peça em si e pelo que defendia.

    Composta por Leonard Bernstein em 1971, foi uma encomenda de Jacqueline Kennedy Onassis para a inauguração do Kennedy Center for the Performing Arts, em Washington D.C, estreando a 7 de Setembro de 1971.

    É uma obra que reúne música e teatro, retratando a quebra de fé de um religioso (Jubilant) que conduz a peça. Mesmo tendo diversas passagens cantadas em latim, maioritariamente pelo Coro, que actua como um membro extensivo do Jubilant, o Street Choir apresenta acusações e falhas na Igreja e na fé em Deus. Como for exemplo, onde está Deus num mundo cheio de dor, luxúria, ou consumismo.

    Ao contrário do Street Choir, as Crianças actuam como a inocência transcrita para palco, auxiliando o Jubilant em piores momentos da sua crise, iluminando o palco.

    No entanto, há uma fase em que já nem o Coro ouve as tentativas do Jubilant, sempre a puxar pelo caminho da fé, e junta-se ao Street Choir, numa música desordenada e em completo frenesim, causando o Jubilant perder completamente o seu caminho, simbolizado pelo partir de um cálice.

    O Jubilant segue com um monólogo acerca do quão fácil é quebrar algo, seja material ou imaterial, tendo uma morte espiritual no fim do mesmo.

    Quando no espetáculo na Fundação Gulbenkian, para o final da peça, o Coro desce pelas escadas da plateia, perto dos espectadores, e em conjunto com o Street Choir, cantam o que simboliza o renascer da fé.

    A fé de que falo na verdade, acaba por não ser em Deus, mas algo maior que reúne todos os que estão presentes na sala. A fé na Música, algo que nos liga a todos. Sendo que todas as vozes no final se juntam para cantar, englobando todo o espaço, em ligação também com os espectadores.

    Espero que gostem!

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