Cérebro - mais vasto que o céu
Cérebro – mais vasto que o céu é uma exposição sobre o cérebro,
que parte do poema de Emily Dickinson The
Brain – is wider than the Sky, sendo possível visitá-la na Fundação Calouste
Gulbenkian, de 16 de março a 10 de junho.
Esta exposição partilha alguma informação sobre o modo como o cérebro funciona, as funções das diferentes partes que o constituem, como está organizado o sistema nervoso e como se dá a comunicação entres os diversos neurónios do nosso corpo, nomeadamente através do processo das sinapses.
Esta exposição partilha alguma informação sobre o modo como o cérebro funciona, as funções das diferentes partes que o constituem, como está organizado o sistema nervoso e como se dá a comunicação entres os diversos neurónios do nosso corpo, nomeadamente através do processo das sinapses.
Sinapse inibitória ampliada dois milhões de vezes
EUA, 2009
Autor: David
Goodsell
Aguarela em
papel
30,5 x 45,7
cm
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian
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Sinapse excitatória ampliada dois milhões de vezes
EUA, 2009
Autor: David
Goodsell
Aguarela em
papel
30,5 x 45,7
cm
Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian
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Ao longo da exposição podemos ver como se deu a evolução histórica do conhecimento sobre o cérebro, quais as experiências que conduziram a novas descoberta, e até como se deu a evolução do próprio cérebro, desde os primeiros seres vivos até ao aparecimento do ser humano. Encontramos também comparações entre o cérebro humano e o de outros animais, que apesar de não terem as mesmas capacidades de raciocínio do que o nosso, possuem outras habilidades igualmente impressionantes.
Observamos como os nossos sentidos e memória funcionam, como o processo de significação funciona através da linguagem, e também como é que, conjuntamente com o sistema hormonal, sentimos algo como o medo. Podemos ainda ver como as doenças do foro cerebral e neurológico funcionam e são tratadas, nomeadamente a doença de Alzheimer, o Parkinson, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e a Esclerose Múltipla.
Em termos
artísticos, há obras de arte baseadas em estudos de perceção visual e de ilusões
de ótica, que nos desafiam à análise visual destas obras de Arte Ótica.
Metamorphosis
Reino Unido,
1964
Autor:
Brigdet Riley
Madeira.
Emulsão
112,2 x
106,7 x 3 cm
Lisboa,
Museu Calouste Gulbenkian
In. PE158
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Uma das
partes mais interessantes é a análise feita da mente e da inteligência
artificial, nomeadamente através de robôs como o NAO, desenvolvido para ajudar
crianças autistas, ou os robôs BeBots, usados por Leonel Moura para a criação
do que se pode designar por arte não humana. Nesta secção vemos uma discussão
sobre as questões da originalidade, da criatividade e da autonomia da inteligência
robótica em termos de criação artística, bem como as preocupações por parte da
sociedade no que diz respeito a uma superação do ser humano pelas máquinas.
Brain I
Portugal,
2019
Autor:
Leonel Moura
Tinta
permanente sobre tela
208 x 355 cm
Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian
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Um dos aspetos menos bem conseguido nesta exposição é a dimensão da mesma, no sentido em que é vastíssima, sendo necessário estar durante muito tempo a ler enormes textos informativos e explicativos. Para além disso, apesar de esta exposição ser interessante para pessoas que já têm algum conhecimento científico, como o meu caso pois venho da área das ciências, creio que se pode tornar um pouco confusa e aborrecida para quem não tem nenhum conhecimento prévio sobre o assunto.
“Cérebro
– mais vasto que o céu”, Fundação
Calouste Gulbenkian, 2019.
Cristina
Marques Nº 145631
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