Arte como instrumento de reconcialiação vivencial

Boa noite colegas,

Em honra do livro Art as Therapy, que nos tem vindo a acompanhar neste início de semestre pensei em partilhar convosco este vídeo maravilhoso criado pela The School of Life, co-fundada por Alain de Botton. Esta instituição produz conteúdos variados sobre os mais diversos temas da sociedade contemporânea - que são em si, aliás, pequenas obras de arte de animação, na minha opinião.

Achei, no entanto, que este vídeo se adequava não só à temática que o autor explora no livro como ao que temos vindo a discutir em aula.


De tempos a tempos, é importante, creio, recordarmos que a vida está para além daquilo que a sociedade nos tenta vender como mercadorias, através de vários meios, em particular, a publicidade. O vídeo recorda a importância de nos reconciliarmos com a realidade e com as experiências que nos enchem a alma, e aponta o papel que a arte tem neste processo — focando-se na "publicidade" que vários pintores fizeram aos seus temas (sejam estes as árvores ou a mulher que amam).

Penso que é realmente vital que nos procuremos reconciliar com o nosso presente. Ainda que por vezes possa ser difícil, reconhecer as estratégias publicitárias que nos rodeiam é essencial e subvertê-las ainda mais. Aproveitemos este ano, ou a nossa vida, para olhar para a arte e ver nela as coisas que mais nos tocam e que mais fazem falta para a nossa felicidade — os prazeres simples, a companhia daqueles que amamos e o que o mundo nos oferece sem termos de pagar nada. Que a arte seja realmente a nossa terapia para subverter uma economia que quer transformar estas experiências essenciais em produtos de compra e venda, e nos relembre o simples prazer de apreciar um dia de chuva como o de hoje.

Fiquem bem e um bom descanso.

Leonor Madureira
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Comentários

  1. Maravilhoso argumento o deste vídeo. Também´em adoro as produções visuais da The School of Life, Leonor, grata pela partilha.

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  2. Este vídeo simplifica bastante bem a problemática do consumismo e, tal como no livro, remete para a arte como forma de lembrete para olhar para as coisas mundanas e tirar proveito delas. Num mundo em que a publicidade nos tenta vender uma "vida feliz" através do consumo de determinados objetos, é importante estar alerta e não cair no erro de acreditar que a nossa felicidade depende disso, de algo que é exterior a nós. Devemos parar para sentir o nosso interior e saber que coisas simples mexem connosco, nos satisfazem e nos fazem sentir felizes.

    Joana Melo Martins

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